O emprego das
Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem, a
chamada GLO, é previsto no artigo 142 da Constituição Federal exatamente para
casos como os que aconteceram ontem no coração da capital do País: quando as
forças de segurança não são capazes, sozinhas, de controlar situações graves de
perturbação da ordem.
O que o
presidente da República, fosse ele João, Maria ou Michel Temer, poderia fazer
diante de vândalos que se infiltraram na manifestação de centrais sindicais
para quebrar, saquear e incendiar ministérios, com funcionários dentro? Poderia
e deveria recorrer à Constituição.
Como me disse o
chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen,
“é uma situação e uma decisão dramática, porque ou tu não empregas e corres o
risco da integridade das pessoas, ou tu empregas e pagas o custo, infelizmente.
Nós decidimos pagar o custo”.
Ele ressalvou
que a Força Nacional já havia sido acionada, mas não era suficiente: “o
problema não era a multidão nem a manifestação, que são um direito legal, mas
sim garantir as instalações públicas e a integridade das pessoas contra ataques
de black blocs enfurecidos. Ou iríamos deixar as pessoas morrendo dentro de
prédios pegando fogo?”... A decisão de empregar o Exército deu combustível à
feroz guerra política no Congresso Nacional, com PT, PSOL e Rede, por exemplo,
recriminando duramente a medida do governo.
Independentemente
do calor político, da fragilidade do governo Michel Temer e da recuperação das
energias da oposição, a decisão de ontem do Planalto, com anuência do
Ministério da Defesa e das Forças Armadas, foi com base na Constituição, na
situação de emergência e em uma prática que já vem sendo usada desde outros
governos.
Jamais jogar as
Forças Armadas contra trabalhadores, mas garantir a lei e a ordem não é uma
opção, é uma obrigação dos governantes. Leia
na íntegra
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